A
casa da adolescente Kimberly Amber Vieira, em Goiânia, está cheia de
lembranças de Paris. Tem chaveiros da Torre Eiffel, canetas e imãs de
geladeira do Museu do Louvre, bicho de pelúcia comprado na avenida
Champs-Élysées, além de chocolate e camisetas das Galerias Lafayette.
Os souvenirs são a lembrança da realização de um sonho, concretizado neste mês de dezembro após um período difícil para Kimberly, que tem 15 anos. No fim de 2010, a garota foi diagnosticada com um tipo raro de osteossarcoma (câncer nos ossos), após ir ao médico com fortes dores na perna.
Ao longo de 2011, ela ficou internada em São Paulo e foi submetida a uma cirurgia para retirada de um osso da perna esquerda e colocação de uma prótese. Também passou por quimioterapia por quase um ano.
A garota soube, por uma enfermeira, da existência da Make-A-Wish, uma organização sem fins lucrativos que se dedica a realizar desejos de crianças doentes. Fascinada por Paris, ela escreveu uma carta para a entidade, relatando sua vontade de conhecer a capital francesa quando completasse 15 anos.
“Sempre tive o sonho de ir para lá. Eu via reportagens sobre a Torre Eiffel, o museu que tem a Mona Lisa, assistia aos filmes, ouvia as pessoas falando que era uma cidade maravilhosa. Ficava muito curiosa”, conta.
Depois de conversar com Kimberly, a equipe da Make-A-Wish começou a correr atrás de recursos para a viagem. “Fizemos o possível e o impossível. Desejos assim não são fáceis de realizar, por exigirem muitos recursos e pela própria situação clínica da criança. Precisamos da autorização dos médicos para que ela viaje”, afirma Leda Tannus, diretora-executiva da Make-A-Wish no Brasil.
Após mais de um ano de trabalho, a organização conseguiu os recursos graças à ajuda de uma companhia aérea e de uma empresa de telefonia. Enquanto isso, Kimberly aprendia algumas palavras básicas de francês e ajudava a traçar o roteiro da viagem.
Uma semana antes do dia do embarque, a garota levou um susto. Teve uma infecção e ficou cinco dias internada, com a imunidade baixa. A mãe, Edir Vieira, conta que os médicos disseram que ela não teria condições de viajar. “Mas a vontade era tão grande que o corpo dela reagiu. Os médicos ficaram surpresos. Ela ficou totalmente boa, saiu do hospital numa quarta-feira e viajou na quinta”, lembra Edir.
Luzes de Natal
Kimberly saiu do Brasil no dia 6 de dezembro acompanhada da irmã Alexa, de 19 anos. Quando chegaram a Paris, havia nevado e a temperatura estava em torno de 1°C. As ruas da cidade estavam iluminadas para o Natal. “Foi maravilhoso. A cidade estava linda”, lembra a adolescente.
Os passeios pela cidade incluíram as atrações clássicas: ver a cidade do alto da Torre Eiffel, admirar as obras do Museu do Louvre, caminhar pela avenida Champs-Élysées. Elas ganharam ainda um passeio de limusine e um tour pelos principais pontos turísticos.
Kimberly também curtiu a comida francesa. “Comi muito croissant, croque-madame [um tipo de sanduíche] e adorei o macaron, um docinho muito diferente”, conta.
Ela e a irmã voltaram para o Brasil no dia 11 de dezembro e quer retornar à capital francesa no futuro. “Paris é tão bonita quanto eu esperava. Amei a viagem”, diz.
Atualmente Kimberly toma comprimidos apenas para a manutenção do tratamento e seus médicos consideram que ela conseguiu vencer a doença.
Indo para o primeiro ano do Ensino Médio em 2013, a adolescente pretende cursar medicina. “Quero ser pediatra oncológica. Passei muito tempo no hospital e sei como é ter enjoo, a sensação de cair o cabelo. Acho que eu entenderia os pacientes”, diz.
Desejos
A Make-A-Wish tem 37 afiliadas pelo mundo e atua há quatro anos no Brasil. As crianças e adolescentes atendidos precisam ter entre três e 18 anos de idade e uma doença que coloque a vida em risco.
As crianças podem ser indicadas para o programa pelos pais e pela equipe médica – elas próprias também podem escrever para a instituição, como no caso de Kimberly.
Segundo Leda Tannus, o número de desejos relacionados a viagens está aumentando. “No início, as crianças pediam coisas mais concretas: um iPad, um computador. Mas nós as incentivamos a escolher coisas que façam o coração bater mais forte, e aí surgem muitos sonhos de viagem”, afirma ela. “O objetivo é tirar a criança do foco da doença”, completa.
Para facilitar a concretização dos pedidos, a entidade acaba de fazer uma parceria com entidades que reúnem agências de turismo, como a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens). A Make-A-Wish já levou pacientes brasileiros para conhecer a Disney, nos EUA, Roma, o parque Beto Carrero World, em Santa Catarina, e Porto de Galinhas, em Pernambuco.
Os souvenirs são a lembrança da realização de um sonho, concretizado neste mês de dezembro após um período difícil para Kimberly, que tem 15 anos. No fim de 2010, a garota foi diagnosticada com um tipo raro de osteossarcoma (câncer nos ossos), após ir ao médico com fortes dores na perna.
Ao longo de 2011, ela ficou internada em São Paulo e foi submetida a uma cirurgia para retirada de um osso da perna esquerda e colocação de uma prótese. Também passou por quimioterapia por quase um ano.
A garota soube, por uma enfermeira, da existência da Make-A-Wish, uma organização sem fins lucrativos que se dedica a realizar desejos de crianças doentes. Fascinada por Paris, ela escreveu uma carta para a entidade, relatando sua vontade de conhecer a capital francesa quando completasse 15 anos.
“Sempre tive o sonho de ir para lá. Eu via reportagens sobre a Torre Eiffel, o museu que tem a Mona Lisa, assistia aos filmes, ouvia as pessoas falando que era uma cidade maravilhosa. Ficava muito curiosa”, conta.
Depois de conversar com Kimberly, a equipe da Make-A-Wish começou a correr atrás de recursos para a viagem. “Fizemos o possível e o impossível. Desejos assim não são fáceis de realizar, por exigirem muitos recursos e pela própria situação clínica da criança. Precisamos da autorização dos médicos para que ela viaje”, afirma Leda Tannus, diretora-executiva da Make-A-Wish no Brasil.
Após mais de um ano de trabalho, a organização conseguiu os recursos graças à ajuda de uma companhia aérea e de uma empresa de telefonia. Enquanto isso, Kimberly aprendia algumas palavras básicas de francês e ajudava a traçar o roteiro da viagem.
Uma semana antes do dia do embarque, a garota levou um susto. Teve uma infecção e ficou cinco dias internada, com a imunidade baixa. A mãe, Edir Vieira, conta que os médicos disseram que ela não teria condições de viajar. “Mas a vontade era tão grande que o corpo dela reagiu. Os médicos ficaram surpresos. Ela ficou totalmente boa, saiu do hospital numa quarta-feira e viajou na quinta”, lembra Edir.
Luzes de Natal
Kimberly saiu do Brasil no dia 6 de dezembro acompanhada da irmã Alexa, de 19 anos. Quando chegaram a Paris, havia nevado e a temperatura estava em torno de 1°C. As ruas da cidade estavam iluminadas para o Natal. “Foi maravilhoso. A cidade estava linda”, lembra a adolescente.
Os passeios pela cidade incluíram as atrações clássicas: ver a cidade do alto da Torre Eiffel, admirar as obras do Museu do Louvre, caminhar pela avenida Champs-Élysées. Elas ganharam ainda um passeio de limusine e um tour pelos principais pontos turísticos.
Kimberly também curtiu a comida francesa. “Comi muito croissant, croque-madame [um tipo de sanduíche] e adorei o macaron, um docinho muito diferente”, conta.
Ela e a irmã voltaram para o Brasil no dia 11 de dezembro e quer retornar à capital francesa no futuro. “Paris é tão bonita quanto eu esperava. Amei a viagem”, diz.
Atualmente Kimberly toma comprimidos apenas para a manutenção do tratamento e seus médicos consideram que ela conseguiu vencer a doença.
Indo para o primeiro ano do Ensino Médio em 2013, a adolescente pretende cursar medicina. “Quero ser pediatra oncológica. Passei muito tempo no hospital e sei como é ter enjoo, a sensação de cair o cabelo. Acho que eu entenderia os pacientes”, diz.
Desejos
A Make-A-Wish tem 37 afiliadas pelo mundo e atua há quatro anos no Brasil. As crianças e adolescentes atendidos precisam ter entre três e 18 anos de idade e uma doença que coloque a vida em risco.
As crianças podem ser indicadas para o programa pelos pais e pela equipe médica – elas próprias também podem escrever para a instituição, como no caso de Kimberly.
Segundo Leda Tannus, o número de desejos relacionados a viagens está aumentando. “No início, as crianças pediam coisas mais concretas: um iPad, um computador. Mas nós as incentivamos a escolher coisas que façam o coração bater mais forte, e aí surgem muitos sonhos de viagem”, afirma ela. “O objetivo é tirar a criança do foco da doença”, completa.
Para facilitar a concretização dos pedidos, a entidade acaba de fazer uma parceria com entidades que reúnem agências de turismo, como a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens). A Make-A-Wish já levou pacientes brasileiros para conhecer a Disney, nos EUA, Roma, o parque Beto Carrero World, em Santa Catarina, e Porto de Galinhas, em Pernambuco.
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